segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Talking Heads "Wild, Wild Life"

Num território musical que abrange o punk e o new wave, os Talking Heads surgiram no ano de 1974, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. A banda foi formada inicialmente por David Byrne (vocalista e guitarrista) e por Chris Frantz (baterista), formando os "The Artistics”, que chegaram a compor e a tocar ao vivo os temas Psycho Killer e Warning Sign. Depois da entrada da namorada Chris, Tina Weymouth (baixo), Byrne resolve então mudar o nome da banda para Talking Heads.
A primeira grande apresentação ao vivo do grupo, foi quando fizeram a primeira parte dos Ramones no CBGB's Club, Nova Iorque, em 1975. Em 1976 entra Jerry Harrison (guitarrista e teclista), antigo membro dos The Modern Lovers. Ao obterem o contrato com a Sire Records, em 1977, editam o seu primeiro álbum intitulado “Talking Heads: 77”, que não alcançou grande sucesso, mas hoje é considerado um dos melhores registos do grupo. Lançam em 78 “More Songs about Buildings and Food”, produzido por Brian Eno, que desde essa altura começa a ser um dos elementos fundamentais da banda. Este álbum conseguiu obter uma aceitação mais positiva perante a crítica e público. Em 79 lançam “Fear Of Music” e no ano seguinte “Remain in Light” (um dos clássicos da banda), sendo o tema “Once in a Lifetime”, um dos principais responsáveis do sucesso deste disco. A banda neste álbum já incorporava influências do world music.
David Byrne resolve trabalhar a solo, editando "My Life in the Bush with Ghosts", em parceria com Brian Eno e a banda sonora "The Catherine Wheel". Enquanto a Chris Frantz e Tina Weymouth, formam os Tom Tom Club, seguindo por caminhos do soul dance e funk. Nessa fase Brian Eno resolve desligar-se dos Talking Heads, dedicando-se aos U2.
Em 83 editam o seu álbum mais comercial – “Speaking in Tongues” – alcançando um enorme sucesso de vendas, graças ao single “Burning Down the House”. A banda entra em tournée, sendo considerado um dos melhores da história do rock e o último. Depois disso ainda lançaram “Little Creatures” (85), “True Stories” (86) e “Naked” (88). Desde aí os Talking Heads começaram a dar indícios de desgaste, fazendo que David Byrne em 91, anunciasse o fim do projecto durante uma entrevista. Byrne continua presente no mundo musical, seguindo por um caminho a solo. Chris Frantz e Tina Weymouth continuam com os Tom Tom Club e Jerry Harrison dedica-se apenas à produção, tendo trabalhado inclusivamente para bandas como os Violent Femmes, The Von Bondies, No Doubt e etc.
Hoje os Talking Heads são uma principal referência, particularmente para bandas mais alternativas.

Do álbum “True Stories”, recordo a contagiante “Wild, Wild Life”.

1 comentário:

Paulo Assim disse...

Banda incontornável.
77 é uma obra-prima.
8)