segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nico “I'm Not Sayin'” / “Femme Fatale”

Conhecida como a “Femme Fatale”, Nico (Christa Päffgen), nasceu no ano de 1938, em Köln, na Alemanha. A sua carreira começa como modelo, em Berlim, com apenas 16 anos, ganhando logo aí imensa reputação. O seu nome elegido, “Nico”, foi fundamentado no nome do realizador grego, Nikos Papatakis, dado pelo fotografo Herbert Tobias, que a fotografava numa secção de modelos, e não por Andy Warhol, como muita gente refere. Nico ruma a Paris, onde começa a trabalhar para várias revistas de moda de renome, como a Vogue, Elle, Tempo, Vie Nuove, Mascotte Spettacolo, Camera e entre outras. Aos 17 anos é convidada para laborar na Coco Chanel, para promover os seus produtos, mas não durou muito tempo, já que resolveu abandonar o seu trabalho e rumar a Nova Iorque. Durante essa altura, aprende a falar inglês, espanhol e francês.
Começa a participar em vários anúncios publicitários, mas foi em 1958, que participa num pequeno papel, no filme “La Tempesta” do italiano Alberto Lattuada's, e em 1959, no “For the First Time de Rudolph Maté's. Nesse ano, Nico, começa a ter aulas de interpretação com Lee Strasberg, e é convidada por Federico Fellini's para entrar em “La Dolce Vita”, numa pequena representação. Em 1962 aparece como modelo na capa do disco “Moon Beams” (1962), do pianista de jazz, Bill Evans. Entra finalmente num papel principal, do realizador francês Jacques Poitrenaud's, em” Strip-Tease” (1963). Em 1962 dá à luz do seu primeiro filho - Christian Aaron "Ari" Päffgen – ao qual foi referido a paternidade, ao actor Alain Delon, que nunca o reconheceu como filho.
Em 1965 conhece Brian Jones (Rolling Stones), e grava o single "I'm Not Sayin'” /”The Last Mile” de Gordon Lightfoot, produzido por Jimmy Page. Nessa altura começa a trabalhar em Nova Iorque com Wandy Warhol e Paul Morrissey, em filmes experimentais, incluindo “Chelsea Girls”, “The Closet”, “Sunset and Imitation of Christ”.  
Fascinado por Nico, Warhol decidiu inseri-la nos The Velvet Underground, já que era o principal divulgador e padrinho da banda, mesmo sendo do desagrado de Lou Reed, por esta não o seduzir muito. Mesmo assim, Lou Reed escreveu três músicas para Nico interpretar - “Femme Fatale”, “All Tomorrow Parties” e “I Will Be Your Mirror", inseridas no lendário álbum de estreia “The Velvet Underground & Nico”, de 1967. Nesse mesmo ano, Nico grava o seu primeiro álbum a solo – Chelsea Girl – para a Verve Records, obtendo críticas muito positivas, mesmo não ficando muito satisfeita com a sua produção. Nesse disco, para além do contributo de algumas músicas de Lou Reed e John Cale, também Bob Dylan escreveu a música "I'll Keep It with Mine". A cantora refere neste registo como influência, Leonard Cohen.
Edita em 1969, o seu segundo álbum – The Marble Index – referido como mais experimental, não tivesse ele mãozinhas de Cale na instrumentação e arranjos.
Nico lança mais dois discos, “Desertshore” (1970), e “The End” (1974), ambos produzidos por John Cale.
O seu 4º registo - “Drama of Exile” - é lançado em 1981, e por fim, o seu último trabalho a solo - “Camera Obscura” – de 1985, produzido novamente por John Cale.
Devido a um acidente de bicicleta, correspondente a um pequeno enfarte, batendo com a cabeça ao qual deteve uma hemorragia cerebral grave, que causou a sua morte, em 1988, em Espanha, na ilha de Ibiza.
Mesmo odiada por muitos e adorada por outros, Nico teve um papel fundamental para imensos músicos e bandas, como os Siouxsie and the Banshees, Bauhaus, Stevie Nicks, Patti Smith, Morrissey, Björk, Coil, Dead Can Dance, e entre outros.

Fica aqui o vídeo I'm Not Sayin'”, o primeiro single intrepretado por Nico.



Para ouvir “Femme Fatale”, pelos The Velvet Underground.

Sem comentários: